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Assassinato do menino Bernardo Boldrini completa 11 anos

  • Foto do escritor: Dejair De Castro
    Dejair De Castro
  • há 7 horas
  • 3 min de leitura
Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal
Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal

O desaparecimento do menino Bernardo Uglione Boldrini completou 11 anos nesta sexta-feira (04). Dias depois, o corpo da criança de 11 anos foi encontrado sem vida, tornando o crime, em Três Passos, um dos casos policiais de maior repercussão no Estado.


Como foi o crime?

Bernardo Boldrini desapareceu em 4 de abril de 2014 em Três Passos. De acordo com a polícia, o menino foi visto pela última vez às 18 horas do dia 4 de abril, quando ia dormir na casa de um amigo. Dias depois, o pai de Bernardo procurou uma emissora de rádio de Porto Alegre para pedir ajuda nas buscas pelo filho.


Seu corpo foi encontrado dez dias depois em Frederico Westphalen, enterrado às margens de um rio. O atestado de óbito diz que a morte do menino ocorreu no dia 4 de abril de “forma violenta”, segundo a família materna. O documento não apontou a causa da morte, mas o texto afirma que teria sido de forma violenta e que o corpo estava “em adiantado estado de putrefação”.


Pai, madrasta e amiga responsáveis

A investigação determinou que o pai Leandro Boldrini, a madrasta Graciele Ugulini e a amiga Edelvânia Wirganovicz, eram os responsáveis pela morte do garoto.


Os três foram denunciados por homicídio quadruplamente qualificado (motivos torpe e fútil, emprego de veneno e recurso que dificultou a defesa da vítima). Eles também foram acusados de ocultação de cadáver.


A polícia também indicou Evandro Wirganovicz na participação do crime. As autoridades consideraram que o terreno onde o corpo de Bernardo foi encontrado era de difícil escavação, o que poderia indicar a participação de um homem.


Em 2019, os quatro foram a júri popular em Três Passos: após cinco dias e 50 horas de julgamento, os jurados decidiram pela condenação dos réus:


- Graciele Ugulini: a madrasta recebeu pena de 34 anos e sete meses de prisão.

- Leandro Boldrini: o pai foi condenado a 33 anos e oito meses de cadeia.

- Edelvânia Wirganovicz: a amiga foi condenada a 22 anos e dez meses de prisão.

- Evandro Wirganovicz: o irmão da amiga foi sentenciado a nove anos e seis meses em regime semiaberto.


Onde estão os condenados?

Leandro Boldrini: o médico foi condenado a 31 anos e oito meses de prisão por homicídio quadruplamente qualificado e falsidade ideológica. Ele foi absolvido da acusação de ocultação de cadáver.


Atualmente, o homem cumpre pena em regime semiaberto. Em março de 2024, Leandro Boldrini foi selecionado para uma vaga no programa de residência médica do Hospital Universitário, mantido pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).


Até o momento, ele não tinha impedimento para exercer a medicina. Em fevereiro de 2025, porém, Leandro Boldrini teve o registro cassado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). Após, foi desligado do Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM).


Graciele Ugulini: a madrasta foi condenada a 34 anos e sete meses de prisão por homicídio quadruplamente qualificado e ocultação de cadáver.


Atualmente, ela cumpre pena em regime fechado no Presídio Estadual Feminino Madre Pelletier, em Porto Alegre. Graciele Ugulini só terá direito ao regime semiaberto em 2026 e à liberdade condicional em 2035.


Edelvânia Wirganovicz: a amiga da madrasta foi condenada a 22 anos e dez meses de prisão por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver.


Em maio de 2022, Edelvânia Wirganovicz foi para o regime semiaberto. Em 2023, uma decisão do juízo da 2ª Vara de Execuções Criminais da Comarca de Porto Alegre, determinou que ela utilizasse tornozeleira eletrônica em razão da falta de vagas no sistema prisional.


Em fevereiro de 2025, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Cristiano Zanin, determinou que ela retornasse ao regime semiaberto, onde está atualmente.


Evandro Wirganovicz: o irmão da amiga foi condenado a nove anos e seis meses de prisão por homicídio simples e ocultação de cadáver. Ele já cumpriu a pena, que foi extinta em janeiro de 2024, e está solto.







Fonte: G1/RS

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