Uma pesquisa da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) revela que mais da metade dos proprietários de motocicletas, motonetas e ciclomotores no Brasil não possui Carteira Nacional de Habilitação (CNH) válida para conduzir esses veículos. Dos 32,5 milhões de donos, 17,5 milhões, ou 53,8%, estão irregulares.
O estudo aponta que o aumento no número de motociclistas sem habilitação pode ser atribuído a fatores como o custo acessível desses veículos, o crescimento de serviços de compartilhamento e aluguel de motos, e a dificuldade de acesso à CNH por parte de algumas populações. A expansão das áreas urbanas e a necessidade de transporte individual em regiões com infraestrutura limitada também são destacados como influências.
Os homens representam 80% dos proprietários, sendo a maioria entre 40 e 49 anos. Em contrapartida, a maior parte dos habilitados está na faixa dos 30 aos 39 anos. Atualmente, as motocicletas compõem 28% da frota nacional, com expectativa de que esse número atinja 30% nos próximos seis anos.
O Maranhão lidera em percentual de motocicletas na frota (60%), seguido por estados do Norte e Nordeste, como Piauí e Pará. Em números absolutos, São Paulo tem a maior quantidade de veículos do tipo, com 7 milhões registrados.
O levantamento também indica um aumento no número de infrações por parte de motociclistas. Em 2023, foram registradas mais de 1,3 milhão de multas, sendo 43% relacionadas ao não uso de capacete, um item essencial para a segurança, segundo a OMS. As motocicletas estão envolvidas em 25% dos acidentes de trânsito e em mais de 30% das fatalidades, reforçando a urgência de políticas públicas voltadas para a segurança viária.
Foto: Reprodução/Web
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