Outono inicia e deve ter chuva abaixo da media

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As primeiras horas do outono astronômico deverão ser de condições típicas da estação. A quinta-feira tende a ter predomínio de tempo seco e grande amplitude térmica no território gaúcho.

No entanto, as primeiras horas da manhã poderão ter a presença de nevoeiros e cerração com redução de visibilidade, sobretudo, nas faixas Leste e Sul. O amanhecer terá frio nos trechos de serra com mínima ao redor de 5°C nos pontos de maior altitude. Por outro lado, o ar seco irá garantir tarde ensolarada com aquecimento e sensação de calor a tarde. As máximas irão oscilar entre 31 e 33°C na Metade Oeste.

O outono começou nesta quinta-feira às 6h01min com o equinócio. Ao contrário de 2024, quando a estação se iniciou com El Niño forte, uma das causas da enchente, neste ano o Pacífico está em neutralidade após meses de La Niña.De acordo com a previsão da MetSul, a maior parte da estação deve ter chuva abaixo da média, o que vai prolongar a escassez hídrica. Chuva forte e volumosa deve ser episódica. Por sua vez, a temperatura ficará entre perto e acima da média com muitos dias agradáveis e reduzido número dias de frio na estação.

Tendência de neutralidade do La Niña durante o outono

Conforme a atualização deste mês do Serviço Nacional de Meteorologia dos Estados Unidos (NWS), o Oceano Pacífico ainda apresenta condições de La Niña no momento, mas deve passar muito rapidamente para a neutralidade em até 30 dias.

Segundo a MetSul Meteorologia, as condições atuais já são neutras (sem El Niño e La Niña). De acordo com as projeções da Meteorologia oficial dos Estados Unidos, há uma probabilidade muito alta de 70% a 80% que o outono do Hemisfério Sul transcorra com o Oceano Pacífico Equatorial em condições neutras.

No Brasil, o La Niña tem forte influência para o setor agrícola e se manifesta por mudanças climáticas, como o aumento de chuvas no Norte e no Nordeste, tempo seco no Centro-Sul, com chuvas mais irregulares e possíveis casos de chuva excessiva, condição mais favorável para a entrada de massas de ar frio e maior variação térmica.

É importante lembrar que as enchentes registradas no Rio Grande do Sul durante o outono do ano passado foram parcialmente associadas pelos meteorologistas aos efeitos finais do El Niño e uma transição para o La Niña. Portanto, o atual cenário de neutralidade é uma boa notícia para o estado.

Com informações do Correio do Povo